quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Dose de Realidade

A idéia de Deus, transmitida por esse vírus chamado religião, é um conforto para todo ser que não se conforma com o fato de deixar de ser! O enigma é o mesmo, a luz do início e a escuridão do fim. Para nós, seres pensantes e realistas, a morte pode ser um sonho profundo, com a ausência total dos sentidos, uma decomposição necessária, para assim, compormos o TODO. Ou como diria o mais sábio entre os homens que já habitaram essa esfinge, Sócrates, “só sei que nada sei”. A idéia de uma eterna dúvida, a incógnita petrificada. Portanto meu amigo, "Carpe Diem", que quer dizer "colha o dia". Colha o dia como se fosse um fruto maduro que amanhã estará podre. A vida não pode ser economizada para amanhã.

Sobre isso posso dizer-lhe, que prefiro continuar nessa eterna suspeita ao ter que acreditar em mirabolantes teorias (aliás, a religião nada mais é, do que uma eloqüente doutrina, capaz de tapar os olhos e efervescer a felicidade de qualquer indivíduo, um “monstro” apto a sugar sua força vital, um ser que despreza o mundo e, ao mesmo tempo, depende dele para continuar exalando o seu putrefato odor). Para concluir em clima de bom humor, convido-lhe para uma dose de irrealidade, a leitura do mais fantástico livro de ficção de todos os tempos, a bíblia.

Paulo Wolf

Um comentário:

Ana Paula disse...

Discordo em partes da idéia do "Carpe deam". Certas coisas escondem uma doçura na espera. Sem o processo do amadurecimento,o fruto se torna incompleto, insonso e até amargo. Na complexidade do tempo, somente nossa razão (ou a falta dela)é capaz de nos responder o que significa aproveitar a vida.